Clube decide interromper por tempo indeterminado o vínculo com três associados, envolvidos no ato racista de simulação de enforcamento do atacante brasileiro

Madri, Espanha - O Atlético de Madrid anunciou nesta terça-feira que suspendeu “cautelarmente”, por tempo indefinido, três sócios do clube identificados pela Comissão Antiviolência e contra o Racismo do Ministério do Esporte da Espanha como autores do ato de racismo contra Vinicius Junior, antes do jogo pela Copa do Rei contra o Real Madrid, no fim de janeiro.

Esses três sócios e mais um outro torcedor do Atlético de Madrid receberam do governo espanhol na segunda-feira a punição de banimento dos estádios por dois anos, além de multa de 60 mil euros, pelo boneco pendurado em uma ponte de Madri simulando o enforcamento do atacante brasileiro.

— O Atlético de Madrid, aplicando suas normas internas, decidiu suspender cautelarmente suas condições de sócios, por tempo indeterminado, enquanto se resolve o caso na Justiça — explicou o Atleti.

Tais regras classificam como “muito graves” ações que deteriorem “a imagem, o prestígio e a consideração social” do clube, e que atinjam “o compromisso do clube e seu repúdio e oposição a qualquer forma de violência, verbal ou física, a todo ato racista, xenófobo ou intolerante”.