Liga inglesa analisa histórico de transações do clube inglês durante a era Abramovich
Londres, Inglaterra - A Premier League abriu investigação sobre as contratações feitas pelo Chelsea do meia-atacante Willian e do centroavante Eto’o. Essa apuração faz parte de inspeção maior da liga sobre pagamentos em paraísos fiscais realizados durante o período em que o clube inglês foi propriedade do oligarca russo Roman Abramovich.
As informações foram publicadas primeiro pelo jornal britânico “The Times”, e o “Telegraph” trouxe outros detalhes. Há mais de um ano que o histórico de pagamentos do Chelsea é motivo de preocupação. Pouco antes do acordo pela venda do clube, 100 milhões de libras teriam sido eliminados do preço para cobrir “responsabilidades imprevistas”.
Tanto Willian como Eto’o foram contratados pelo Chelsea em agosto de 2013, junto ao clube russo Anzhi Makhachkala. O meia brasileiro teria custado 30 milhões de libras ((R$ 118,5 milhões na época), e o atacante camaronês veio por transferência sem pagamento de multa.
Pagamentos teriam sido feitos a “entidades russas” por essas contratações — é o que a Premier League investiga . Os jogadores não têm relação com tais pagamentos.
As apurações da liga inglesa começaram após os novos proprietários do Chelsea, o consórcio liderado pelo empresário americano Todd Boehly, entregarem voluntariamente relatórios das transações financeiras do clube, entre 2012 e 2019, para a Federação de Futebol da Inglaterra (FA), a liga inglesa e a Uefa. Estão sob exame milhões de libras pagas a seis companhias “offshore”.
Em comunicado, o Chelsea declarou que tais alegações são anteriores à atual gestão do clube, e que elas dizem respeito a entidades que eram supostamente controladas pelo antigo proprietário (Roman Abramovich) e que não têm qualquer vínculo com algum indivíduo hoje na agremiação.
— Durante o trabalho de diligência anterior à conclusão da compra do clube, o grupo proprietário tomou ciência de potenciais relatórios financeiros incompletos, sobre o histórico de transações. O clube tem assistido proativamente os reguladores nas investigações e vai continuar assim — afirmou o Chelsea.
Procurada pela reportagem do ge, a Premier League disse que não vai comentar o assunto.