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Bastidores: emoção toma conta de despedida, e Fluminense mantém portas abertas para Diniz

Bastidores: emoção toma conta de despedida, e Fluminense mantém portas abertas para Diniz

Técnico não esconde tristeza e relembra mensagem que marcou início da segunda passagem pelo Tricolor. Clima emocionante toma conta do CT em despedida

Rio de Janeiro - Em um dia marcado por emoção do início ao fim, terminou a segunda passagem de Fernando Diniz como técnico do Fluminense. Demitido após reunião nesta segunda-feira, o treinador causou choradeira ao se despedir de funcionários e jogadores no CT Carlos Castilho. As portas seguem abertas para um eventual retorno no futuro.

Diniz não quis pedir demissão e se agarrou à crença de que a volta por cima ainda era possível. A tristeza pelo fim do ciclo tomou conta, e ele chegou a relembrar como a segunda passagem começou: com uma mensagem enviada pelo próprio treinador a Mário, quando ele “sentiu no coração” que era hora de retornar ao Fluminense. Já fora do cargo, ele deixou o CT e posteriormente retornou ao local para se despedir.

Na hora do adeus, antes do treino às 15h30, a emoção voltou a dominar o ambiente. A chegada de Diniz ao CT comoveu funcionários e jogadores, e a maioria absoluta dos presentes foi às lágrimas. Alguns se emocionaram só de ouvir o “boa tarde” de Diniz, e houve relatos destacando “o legado” deixado pelo técnico.

É importante dizer que o fim desta segunda passagem não fecha quaisquer portas. A boa relação com Mário Bittencourt - nos âmbitos profissional e pessoal - segue. O presidente gosta de Diniz não apenas como treinador, mas também como pessoa. Na prática, a demissão nesta segunda-feira pode ser apenas um “até logo”.

Quem seguiu tom semelhante na despedida foi o capitão Felipe Melo, que afirmou: “Mais do que o futebol, eu amo sua vida”. Na relação com o elenco, é válido destacar ainda o vínculo entre Diniz e Cano. O argentino talvez seja a maior personificação dos valores aos quais o técnico se agarrou neste trabalho no Fluminense.

A cobrança existia nos bastidores, com a situação sendo analisada jogo a jogo. Entretanto, a corda se rompeu após a derrota por 1 a 0 para o Flamengo, neste domingo. A demissão logo depois da partida no Maracanã seria contrária à ideia de não tomar decisões de cabeça quente, mas houve reunião de cerca de duas horas com Mário, o diretor de planejamento Fred e o diretor de futebol Paulo Angioni no estádio.

A situação do clube é bastante delicada no Brasileirão: vindo de quatro derrotas consecutivas, o Fluminense amarga a lanterna, com seis pontos, e vive seu pior início de campeonato nos pontos corridos. Por fim, prevaleceu a necessidade de reação no Brasileiro, e Diniz foi demitido.

Com Marcão no comando, o Fluminense volta a campo nesta quinta-feira, para encarar o Vitória. O clube ainda não bateu o martelo sobre nomes ideais no mercado, e não há pressa para definição pensando no restante da temporada.

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