Meia-atacante deve estrear no jogo de sábado, contra o América-MG, pela Copa do Brasil
São Paulo - O meia paraguaio Matías Rojas vestiu a camisa do Corinthians e foi apresentado na manhã desta sexta-feira como reforço do clube. Ele ganhou a camisa número 18 das mãos da diretoria.
Em entrevista coletiva no CT Joaquim Grava, o jogador de 27 anos explicou a escolha pelo Timão. E disse que, em sua chegada ao Brasil, quando foi à Neo Química Arena para ver o jogo contra o Red Bull Bragantino, se deu conta do tamanho do clube:
– Foi no primeiro dia, na partida em casa contra o Bragantino. Assisti no estádio com meu pai, minha gente, e nos demos conta. Mesmo sabendo que era uma equipe imensa, ainda nos surpreendemos
– Tratei de tomar uma decisão com a intuição. Estive esperando muito tempo algum clube que me movesse emocionalmente. Tratei de intuir em vez de seguir a mente. Quando apareceu o Corinthians, falei com minha gente, meu pai, minha mãe, gente próxima, e tratei de explicar a eles que sentia que esse era o lugar. Primeiro porque tinha muita vontade de jogar no Brasil, e estou encantado por jogar numa equipe tão grande. Por isso escolhi jogar aqui.
Rojas chega ao Corinthians após fim de contrato com o Racing, da Argentina. Ele assinou com o Timão por três temporadas. A estreia do paraguaio pelo Timão deve acontecer neste sábado, em duelo contra o América-MG, pelas quartas de final da Copa do Brasil.
– Estou ótimo fisicamente. Sim (suporto 90 minutos) – garantiu ele, que prefere não definir onde jogará:
– Falei antes de chegar com ele (Luxemburgo), falei de novo aqui. Ele tem ideia de duas ou três posições em que posso jogar. Falei com ele e disse que estou à disposição para o que ele precise. Em um jogo pode precisar de uma coisa, em outro jogo pode precisar de outra.
Para ter 80% dos direitos econômicos dele, o Timão pagou 1,8 milhão de dólares (cerca de R$ 8,6 milhões na cotação atual) entre luvas e comissões.
O paraguaio desembarcou no Brasil há duas semanas, mas não pôde estrear antes porque não estava regularizado junto à CBF, algo que o Corinthians conseguiu na última terça-feira. Ele só poderá disputar a Copa Sul-Americana caso o Timão passe pelo Universitário do Peru na terça-feira.
– Estou com muita ansiedade, tenho muita vontade de jogar desde que cheguei. Ainda mais sabendo que o jogo é em casa. Saber que temos a pressão de ganhar, é motivante para mim. Estou preparado e à espera do que diga o treinador
Rojas é a primeira contratação alvinegra nessa janela de transferências, e o clube ainda busca mais reforços. No início do ano, há haviam chegado o lateral-esquerdo Matheus Bidu e os atacantes Chrystian Barletta e Romero. Rojas é o oitavo paraguaio a vestir a camisa do Corinthians na história.
Veja mais trechos da coletiva:
O que esperar do seu jogo
– Sempre há expectativa. Estou ansioso e tenho muita vontade de jogar. As pessoas viram vídeos e com certeza viram jogos meus... Não gosto de falar do meu jogo, falo em campo. O que posso assegurar é que posso dar o máximo para ajudar a equipe e estou aberto para seguir aprendendo. Ainda tenho muito a aprender e esse é um lugar espetacular para seguir crescendo.
Chegada ao Brasil em meio a protestos
– Creio que são momentos do futebol. A gente sempre tenta ganhar, são três resultados que podem acontecer. Encontrei muito trabalho, é algo bom, isso me deixou bastante tranquilo. Quanto a protestos, creio que os torcedores estão em seu direito de opinar, e nós temos que dar nosso máximo para prestar satisfação ao torcedor.
Parceria com Renato Augusto
– Eu já o conhecia, é um jogador muito conhecido, todos sabemos da capacidade futebolística que ele tem. Estes dias, que treinei, é sempre diferente jogar e treinar, espero conhecê-lo mais. Se jogaremos juntos ou não, é uma decisão do treinador, estou aberto ao que ele decidir. Quero aprender com todos, especialmente a jogadores como Renato. Estou aberto a seguir crescendo.
– É um craque total. O que vocês podem ver nos jogos, eu desfruto todos os dias. Me dei conta que também é uma grande pessoa, me ajudou em me acomodar aqui, o apartamento, o carro... É espetacular ter um jogador tão grande que seja uma pessoa tão grande
Histórico de lesões
– Tive quatro lesões (desde 2020), trabalho para não ter. Acontece aos mais velhos e aos mais jovens. Uma certo porcentagem é cuidado pessoal, que tenho 100%, e outra porcentagem é do futebol, nos foge das mãos. O que posso dizer é que nunca vai ver um problema meu fora de campo, tenho uma vida reservada e totalmente profissional, por isso estou em um clube imenso. Estamos expostos a lesões, como todos os jogadores.
Ajuda de Romero
– Ángel me recebeu de forma espetacular. Joguei com ele no Cerro e tivemos a oportunidade de estarmos juntos na seleção. Também me receberam muito bem os outros companheiros, sempre abertos a me ensinarem o idioma, estou me adaptando ao português. Me dei conta que são boas pessoas e isso me facilita bastante.
Gols de fora da área
– Não me inspirei em ninguém, sempre treinei muito com meu pai, desde pequeno, tínhamos um campo no Paraguai e eu treinava muito. A disciplina e o trabalho do meu pai e da minha mãe... creio que o único caminho para conseguir coisas importantes é o trabalho. Sempre treino e aproveito a qualidade que tenho