Casada com Landim, presidente do clube, Angela Machado fez postagem logo depois do resultado da eleição para presidente da República no fim do ano passado
Rio de Janeiro - Na última terça-feira, o Ministério Público Federal entrou com uma ação civil pública pedindo uma indenização de R$ 100 mil por dados morais coletivos a Angela Machado, devido a uma publicação xenofóbica contra nordestinos após eleição presidencial, em outubro.
Angela Machado é diretora de responsabilidade social do Flamengo e é esposa do presidente Rodolfo Landim.
A publicação aconteceu no dia 31 de dezembro de 2022, logo após a eleição de Lula, atual presidente da República. No post em seu Instagram, Angela atacou a região do país onde o político ganhou com ampla vantagem em relação ao adversário, Jair Bolsonaro.
Poucos dias depois, em 3 de novembro, a diretora do Flamengo fez uma publicação confirmando o compartilhamento da mensagem e pedindo desculpas pela mensagem anterior, além de reconhecer o tom preconceituoso do post.
- Não escrevi nenhuma dessas postagens que circularam. Mas, no calor da situação, compartilhei algumas mensagens e postagens e, entre elas, havia uma que citava de forma preconceituosa os meus conterrâneos nordestinos - publicou na época.
Um dia antes da publicação de Angela pedindo desculpa, Landim falou pela primeira vez sobre o assunto. O dirigente afirmou que a esposa é natural de Aracaju, capital do Sergipe, e repostou uma mensagem que recebeu em uma rede social e que tem o direito de se manifestar.
- É óbvio que isso deixa ela muito chateada por algo que ela tenha feito. Isso foi quase um desabafo, por ver a terra que ela tanto ama, ela achar que não vai ter nos próximos anos o destino que ela gostaria que tivesse. Ela tem o direito de se posicionar - disse, antes de completar na época:
- Eu não estou acompanhando as redes sociais, porque eu nem sei o que é isso. Eu preciso ter tranquilidade para administrar o Flamengo, que me dá muito trabalho. O problema não é meu, é da minha mulher. Ela tem o direito de se posicionar e falar o que quiser. O problema é a vontade dela. Ela é uma pessoa física e tem o direito de se posicionar. É uma decisão íntima dela. Cada um tem o direito de agir e pensar como quiser - finalizou.