Corte julga recurso da defesa do atleta, condenado por estupro na Itália
São Paulo - O ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) João Otávio de Noronha pediu vistas durante o julgamento de um recurso da defesa do atacante Robinho em sessão da Corte Especial, nesta quarta-feira.
O pedido suspende o julgamento por até dois meses, com possibilidade de estender o prazo por até três meses, para que o Ministro possa avaliar melhor as peças da ação.
O STJ analisa um pedido do Governo da Itália para que o jogador cumpra, no Brasil, a pena de nove anos de prisão a que foi condenado pelo estupro de uma jovem em Milão, em 2013.
Na ação, a defesa de Robinho requereu que os italianos juntassem ao processo a íntegra da ação original - os advogados querem demonstrar que o jogador teve direitos cerceados no julgamento em Milão. Esse pedido foi negado em decisão monocrática do Ministro Francisco Falcão, relator do caso, e a defesa então recorreu à Corte Especial.
Nesta quarta, Falcão votou pela manutenção de sua decisão e argumentou que cabe à defesa do jogador juntar as provas que achar necessárias. Em seguida, Noronha pediu vistas aos autos - e não há data para que o recurso volte a ser analisado pela Corte Especial.
O Governo da Itália quer que o STJ reconheça e homologue a sentença que condenou Robinho por estupro, o que permitiria que a pena de nove anos de prisão fosse transferida para cumprimento no Brasil.
Recentemente, a corte determinou que o jogador entregasse seu passaporte à Justiça, o que foi feito em março.