Valor começou em R$ 171 milhões e terminou o ano de 2023 em R$ 24,9 milhões
São Paulo - A projeção do Palmeiras é de que a dívida com a Crefisa acabará até o fim da temporada. De acordo com dados apresentados no balanço financeiro alviverde, o débito ao fim de 2023 era de R$ 24,9 milhões.
Foram R$ 40,7 milhões abatidos da dívida ao longo do último ano. No documento, aprovado pelo Conselho Deliberativo em reunião na última segunda-feira, o clube relatou que “mantendo o histórico de pagamentos, este valor deverá ser quitado em 2024”.
O débito chegou a passar de R$ 170 milhões em 2019 e é originado pelas contratações de jogadores com aporte da Crefisa. Entre eles, nomes como Luan e Dudu, que permanecem no elenco, e outros que já saíram, como Deyverson, Borja e Carlos Eduardo.
Este modelo de negócio ocorreu entre 2015 e 2017, e na época o Palmeiras se comprometeu a devolver os valores.
Já em 2018 foram feitos aditivos no contrato com a Crefisa, reconhecidos pelo Conselho Deliberativo, nos quais ficou documentado que o clube seria obrigado a repor a quantia paga nos atletas com o acréscimo de juros baseados na taxa de CDI (Certificado de Depósito Interbancário).
O acordo é o seguinte: caso algum dos jogadores contratados após o aporte seja negociado, o Verdão deve devolver o valor com juros ao ser pago pela transferência.
Se a quantia for menor que a investida, ou se o atleta deixar o clube ao fim do contrato, o Palmeiras tem dois anos para pagar o que deve à parceira. Um possível lucro fica com o clube.
Além das negociações com jogadores que foram contratados com o aporte da Crefisa, o clube tem usado os bônus pagos pela empresa após conquistas para abater o débito.
Foi assim nas mais recentes, incluindo os títulos brasileiros de 2022 e 2023, por exemplo. O contrato com a patrocinadora prevê o pagamento de R$ 12 milhões como prêmio pela conquista do campeonato nacional, e o valor nem entrou nos cofres, serviu para pagar a dívida.