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Presidente do Palmeiras, Leila Pereira pede adiamento de depoimento na CPI no Senado

Presidente do Palmeiras, Leila Pereira pede adiamento de depoimento na CPI no Senado

Dirigente do Verdão alegou compromissos profissionais e remarcou audiência sobre suspeitas de manipulação de jogos no futebol brasileiro para o dia 5 de junho

São Paulo - A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, pediu o adiamento de seu depoimento na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) no Senado, criada para investigar suspeitas de manipulação de jogos no futebol brasileiro.

A dirigente recebeu o convite oficial no mês passado e se comprometeu a comparecer nesta quarta-feira, às 11h, no Senado. No entanto, ela alegou compromissos profissionais e o depoimento foi remarcado para o dia 5 de junho.

Um dos primeiros atos da CPI, aliás, havia sido a aprovação de requerimentos para convidar a Leila Pereira e também o dono da SAF do Botafogo, John Textor, para prestarem depoimentos como testemunhas.

Textor prestou depoimento no final de abril após constantes declarações com acusações - sem apresentar provas - sobre manipulação de jogos. O dono da SAF do Botafogo afirmou que “tem provas de que o Palmeiras vem sendo beneficiado por dois anos” e acusou cinco jogadores do São Paulo de terem manipulado a goleada sofrida para o Alviverde no Brasileirão do ano passado.

O dirigente esteve em Brasília e apresentou os documentos que menciona ter como provas, em uma reunião fechada entre membros da CPI. Ele se baseia em relatórios da empresa francesa “Good Game!” e mostrou vídeos alegando possíveis movimentações estranhas de lances suspeitos. Essas documentações não estão públicas até o momento.

Por conta das declarações e atitudes de Textor, o Palmeiras acionou o dirigente na Justiça Comum e solicitou a abertura de inquérito exigindo a apresentação de provas. A presidente do Verdão, por mais de uma vez, tem feito críticas à postura do dirigente.

A CPI do Senado

O Senado instalou no início de abril a Comissão Parlamentar de Inquérito com o objetivo de investigar denúncias de fraude envolvendo jogadores, dirigentes esportivos e empresas de apostas.

A criação da CPI veio depois de um levantamento divulgado pela SportRadar, empresa especializada em monitoramento de partidas e parceira da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), que apontou suspeitas de fraudes em resultados de 109 partidas realizadas no Brasil em 2023.

O colegiado tem até 180 dias para concluir os trabalhos, com possibilidade de prorrogação por 90 dias. Ao fim desse período, é elaborado um relatório com as conclusões da CPI, que pode ser enviado ao Ministério Público ou à Advocacia-Geral da União, a fim de que promovam a responsabilidade civil e criminal dos infratores ou adotem outras medidas legais.

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