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Ramón Díaz quer Corinthians agressivo, explica estilo e critica Vasco: “Não pagaram nada”

Ramón Díaz quer Corinthians agressivo, explica estilo e critica Vasco: “Não pagaram nada”

Técnico diz que não há tempo a perder na luta do Timão para fugir do rebaixamento

São Paulo - Ramón Díaz chega ao Corinthians querendo um time mais agressivo e com pressa. Na visão do treinador, a equipe não tem tempo a perder na luta contra o rebaixamento do Brasileirão - atualmente o Timão é o 17º colocado.

Apresentado nesta segunda-feira, Ramón Díaz analisou a situação do clube e explicou o trabalho que pretende implementar.

– Chegamos a um clube que não está no início da temporada, mas o futebol é dinâmico. Se o outro treinador não tivesse maus resultados, não estaríamos aqui. É a situação onde estamos que necessita uma dinâmica e uma responsabilidade grande, e todos querem melhorar, todos estão trabalhando 100% para recuperar. Os jogadores entendem que têm uma grande responsabilidade com o clube e a torcida. Não há tempo a perder. Tem que ser rápido para a equipe entender a situação que está e para sair – declarou o argentino.

– Tem que manter a tranquilidade, pensar bastante e saber o que temos que fazer para sair rápido desta situação. Como disse anteriormente, os jogadores estão entendendo que temos que jogar de outra maneira, fazer mais pressão, ser agressivo. Estão trabalhando para melhorar, há jovens que terão que crescer, mas que temos que jogar agressivos para sair desta situação.

Ramón estava livre no mercado desde abril, quando deixou o Vasco. Escolhido pelo Corinthians para substituir António Oliveira, ele assinou contrato até o fim de 2025.

A saída do ex-clube também foi tema da entrevista coletiva do técnico. Ele não escondeu o incômodo com a forma como deixou o clube e criticou a diretoria cruz-maltina:

– Eles nos despediram pelo Twitter. Salvamos o Vasco de uma situação muito grave, tivemos três ou quatro meses, em nenhum momento houve comunicação do Vasco, nem presidente, nem 777. Não tem uma chamada no meu telefone de dirigente do Vasco. Depois do que fizemos com o Vasco, nem um agradecimento, nada, zero, mas o futebol continua. Queremos agradecer ao presidente (do Corinthians) por essa oportunidade, gostamos do Brasil, do jogo, o rebaixamento tem quatro times, é o único país. Qualquer equipe pode cair, é uma pressão extra. É muita pressão, dedicação, isso gostamos muito. Vasco nos despediu, em quatro meses, nem presidente e nem dirigente do Vasco me chamou. Não deram dinheiro do ano passado, desde o ano passado me devem, não pagaram nada. Mas como treinador, olhamos o futuro – afirmou Ramón Díaz.

– Nossa carreira não acaba no Vasco, tivemos ofertas e decidimos vir ao Corinthians, é uma instituição incrível, queremos brigar por coisas importantes. É um desafio para o corpo técnico e para os jogadores. Gostamos do desafio – complementou.

Questionado se poderia repetir a promessa feita no ano passado, quando garantiu que o Vasco não seria rebaixado, o técnico explicou:

– São emoções diferentes. Era um momento diferente, muito grave. Aqui temos a possibilidade de reagir rápido. Queremos brigar mais acima, este grupo tem condições.

– Vai depender de nós e dos jogadores coletivamente, temos que sair rápido desta situação. A única forma de sair é com concentração e dedicação coletiva, porque há muitos jovens, temos que dar o máximo para poder sair. Vamos fazer porque há um bom time.

A estreia de Ramón Díaz pelo Corinthians será nesta terça-feira, às 21h, contra o Criciúma, na Neo Química Arena, pela 17ª rodada do Brasileirão.

Confira abaixo outros trechos da entrevista coletiva:

Desafio no Corinthians

– A nível mundial, sabe o que é o Corinthians como clube, como instituição, a estrutura que tem. É uma equipe grande e sempre brigando por coisas importantes. Isso que fez a gente vir a este clube. Nós também vimos uma oportunidade de vir no Mundial de Clubes, gostamos da oferta, sabemos que é um grande clube, que sempre briga por coisas importantes. Isso é o que queremos. Gostamos do desafio, gostamos das equipes grandes e vamos dar o máximo da nossa capacidade para sair rapidamente desta situação.

Condições do clube

– Penso que o resultado é ganhar rapidamente. A única forma de conseguir permanecer no clube são os resultados. Futebol é dinâmico, tem que conseguir resultados rápidos, ter uma boa organização. Fico surpreso como institucionalmente organizado, é um dos melhores do mundo. Nunca estivemos em um clube com essa infraestrutura, o estádio e tudo o que tem. As pessoas têm que conhecer o nível de estrutura. Não existe em muita parte do mundo, então estamos orgulhosos. Sabemos que é resultado, não há outro jeito, precisamos conseguir. São muitas horas dedicadas ao clube, toda gente que trabalha. É um apoio incrível e como estão todos trabalhando. Dirigentes e nível institucional, isso me gosta, todos comprometidos para tirar o Corinthians desta situação.

Pressão

– É muito importante que estejamos todos juntos, presidente, jogadores e torcedores. É uma torcida com muita atitude, eu gosto. Tem apoio permanente e seguramente vamos dar o melhor para a equipe.

Plano tático

– Nós temos um líder, o jogador tem que se adaptar a diferentes situações, posições. Nós temos um estilo, um trabalho que há temo não vinha dando resultado. O jogador tem que entender que tudo é nível coletivo, não individual. É um time que tem poucos gols, estamos trabalhando pois temos um ataque importante. Estamos trabalhando para o ataque resolver, temos bons jogadores. Temos um estilo e conversamos, temos que adaptar todos a sair rápido desta situação. Se jogar um minuto, 10, 20 ou jogo todo, tem que render o máximo para sair desta situação. Isso transmitimos aos jogadores. Estamos de acordo no que faremos. Vamos fazer tudo para ganhar.

Divisão de trabalho com o filho

– Planificamos o trabalho, há uma planificação de 15 anos. Todo o corpo técnico sabe o que está planificado. Há uma planificação de trabalho, de formação de alguns jovens. Nesta semana trabalhamos a parte defensiva e o ataque. Fazer as duas coisas juntas é difícil. Cada um sabe o que tem que trabalhar. Chego 7h no clube e vou embora 16h, então é o momento que temos que trabalhar e que a equipe funcione, que consiga resultados. Estamos dando o máximo para o clube e os jogadores entendam que precisamos sair rápido. Mais do que ser meu filho, Emiliano está na equipe e temos 12 títulos. Não sei se tem tantos com tanto título. Isso significa trabalho.

Ataque

– Tem que ter muita mobilidade e dar confiança, tranquilidade. Temos que dar confiança, hoje é um exemplo: Wesley tem 18 anos, é muito jovem e tem que aprender a ter mais mobilidade, sobre o tempo. Estamos trabalhando com ele. Temos que colocar a equipe em condições, estamos trabalhando muito. Necessita um pouco de tempo, claro, mas amanhã temos que ter uma equipe diferente e estou seguro que vai mudar a mentalidade, tem que ter pressão, ser agressivo.

Emiliano Díaz:

– Trabalhamos com todo tipo de atacante. Geralmente pode jogar com uma característica ou outro para o time ajudar. Esperamos fazer o melhor, fazer gols. estamos capacitados para trabalhar com os dois da mesma forma. Fazíamos tudo para Vegetti no Vasco, vamos fazer tudo para Yuri Alberto e para Pedro Raul.

Rodrigo Garro e Igor Coronado

Emiliano Díaz:

– Rodrigo queríamos na janela anterior no Vasco, mas não conseguimos. É um jogador de muita qualidade, vai se adaptar ao sistema que a gente pretende. Trabalhamos para o jogador, ele tem um incômodo. Falei com ele e espero que siga rendendo do jeito que está.

– Jogador que joga bem pode atuar em outra posição. Não vou falar do outro treinador, claro, mas podem jogar juntos. Há qualidade. Vai depender da performance que eles tenham. Vai existir competitividade entre eles, jogadores de qualidade podem jogar com qualquer, como Rodrigo e Igor. São dois caras de qualidade e o tempo poderá dizer se podem jogar juntos.

No va a bajar?

– São emoções diferentes. Era um momento diferente, muito grave. Aqui temos a possibilidade de reagir rápido. Queremos brigar mais acima, este grupo tem condições. Vai depender de nós e dos jogadores coletivamente, temos que sair rápido desta situação. A única forma de sair é com concentração e dedicação coletiva, porque há muitos jovens, temos que dar o máximo para poder sair. Vamos fazer porque há um bom time.

Emiliano Díaz:

– Neste momento não podemos falar nada. A gente via que era um momento delicado com decisões complicadas do juiz, bater na mesa e deu certo. Olhamos para a frente, como falei anteriormente, o Corinthians não é para estar nesta situação. Vamos trabalhar para dar o melhor ao Corinthians, que a gente fique muitos anos.

Estrutura de trabalho

Emiliano Díaz:

– Somos quatro treinadores, está claro que trabalhamos, às vezes decido porque confia em mim, mas o treinador é Ramón. Pego o que ele me ensinou, eu sou treinador, tem dois treinadores mais, mas é Ramón quem toma a decisão final. Brigamos muito (risos), mas a hierarquia é muito clara.

Tempo para reação

– Penso que o resultado é ganhar rapidamente. A única forma de conseguir permanecer no clube são os resultados. Futebol é dinâmico, tem que conseguir resultados rápidos, ter uma boa organização. Fico surpreso como institucionalmente organizado, é um dos melhores do mundo. Nunca estivemos em um clube com essa infraestrutura, o estádio e tudo o que tem. As pessoas têm que conhecer o nível de estrutura. Não existe em muita parte do mundo, então estamos orgulhosos. Sabemos que é resultado, não há outro jeito, precisamos conseguir. São muitas horas dedicadas ao clube, toda gente que trabalha. É um apoio incrível e como estão todos trabalhando. Dirigentes e nível institucional, isso me gosta, todos comprometidos para tirar o Corinthians desta situação.

Emiliano Díaz:

– Isso acontece em qualquer time do mundo. Único time que não muda é o que ganha. Acontece aqui, na Argentina, não é culpa do presidente, do clube, da torcida. Se não ganha tem que ir embora, é futebol. Não existe projeto longo para clube Sul-Americano. Assinamos por quatro anos, perdemos três jogos e fomos dispensados em outro clube. Coudet fez um ótimo trabalho no Inter, teve quatro resultados ruins e acabou dispensado. É futebol, acontece no mundo todo.

Torcida

Emiliano Díaz

– Sempre tivemos prazer de estar em clubes com grandes torcidas, mas agora é totalmente diferente. O Corinthians se caracteriza por ter uma torcida que torce 90 minutos, não existe, aconteça o que aconteça. Erra um passe, reclamam. Aqui não. Essa química entre nós é muito importante, com outra esperança. Vamos fazer tudo para dar felicidade a eles. Quando se dá alegria a 35 milhões de torcedores, isso é fundamental para a gente, nossa família. Não é fácil fazer 35 milhões felizes, são poucas vezes na vida que fará tanta gente feliz, vamos trabalhar para isso.

Contrato mais longo (até fim de 2025)

– Gosto que o clube tenha confiança na gente. Mas vivemos a realidade. Sabemos que temos que sair rápido desta situação, gostaria de ficar muitos anos no Corinthians, pois é um grande clube. Sabemos que dependemos do resultado, e vamos dar o máximo para sair desta situação e que o Corinthians fique em outras posições.

Preparação para terça-feira

– Falamos muito com os jogadores sobre tático, psicológico, saber o que tem que fazer no campo. O primeiro que fazemos é transmitir tranquilidade. Temos que ter tranquilidade, mas consciente da situação que temos. Se tiver uma situação, tem que fazer o gol. Se Romero tiver uma chance, tem que fazer o gol. É dar confiança. Veja a Argentina: com tranquilidade e confiança é campeã do mundo e bicampeã da América. É transmitir tranquilidade e confiança.

Gustavo Mosquito e Arthur Sousa, atualmente afastados

– Há muita comunicação para qualquer coisa que tenha que resolver. Não vamos fazer nada que não seja o melhor para o Corinthians. Gosto de ter um bom diálogo, isso é fundamental para continuarmos com o projeto e termos uma melhora rápida.

Emiliano Dìaz:

– Ainda não falamos. Quatro dias que tínhamos muita coisa para fazer, ainda não tivemos tempo e não tomamos a decisão que seja boa para a equipe.

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